As pessoas esperam ter CERTEZA ABSOLUTA de que VÃO CONSEGUIR MUDAR.
Mas nem sempre é possível ter CERTEZA ABSOLUTA das coisas. Às vezes é necessário ter um pouco de FÉ (em si mesmo)
Você com certeza já tentou mudar alguma coisa e não conseguiu.
- Talvez tenha tentado parar de fumar
- Ou de beber.
- Ou começar a fazer exercícios.
- Ou ser mais paciente com seus filhos ou companheiro.
O que te levou a não alcançar seu objetivo?
A verdade é que as pessoas não sabem como mudar!
Esse tipo de coisa não é ensinado na escola. Não aprendemos a desenvolver estratégias eficazes para a mudança e somos levados a acreditar que é preciso ter “força de vontade” para mudar. Mas é muito difícil gerar uma mudança que perdure deste jeito.
Vou te contar um segredo:
Força de Vontade não é suficiente para uma MUDANÇA PERMANENTE!
Além disso, fomos condicionados culturalmente a acreditar que é impossível promover uma mudança IMEDIATA.
Veja se este tipo de afirmação não vem à sua cabeça quando você pensa em mudar alguma coisa na sua vida AGORA. Pense se não é algo que aquela sua tia chata diria durante o almoço de domingo…
“Se era TÃO FÁCIL mudar, por que você não MUDOU ANTES?”
“Se MUDOU RÁPIDO, então você NÃO TINHA PROBLEMA”
Esse tipo de afirmação está vinculado a um conjunto de convicções que temos culturalmente como sociedade. Em nossa cultura, associamos emoções negativas à mudança imediata. É como se fossemos apegados à dor e ao medo de mudar.
Para ilustrar a relação entre cultura e o modo como nos sentimos (e como nos sentiríamos de forma diferente se tivessemos crescido sujeitos a outro sistema de valores), pense no conceito de LUTO.
O que impede a pessoa que perdeu um ente querido de superar a perda, em termos físicos, na manhã seguinte? Ou poucos dias depois?
Estamos condicionados culturalmente por um conjunto de convicções socialmente determinado que é necessário lamentar por um certo período. Não fazer isso significaria que você “não se importava” com a pessoa que perdeu. Assim, sentimos a DOR do LUTO até o momento que pensamos que cumprimos nosso dever perante às regras e padrões culturais.
Mas e se você tivesse sido criado em uma cultura como a japonesa, que comemora a morte?
A morte é mais leve que uma pluma. A responsabilidade de viver é mais pesada que uma montanha. (Provérbio Japonês)
Para eles, lamentar a morte é uma demonstração de egoísmo e falta de compreensão da vida.
Isso é apenas um exemplo de como pode ser interessante pensar em convicções que nos tragam novas compreensões de mundo e ressignificar as coisas de forma mais fortalecedora.
Importância da Responsabilidade Pessoal
Em todo processo de mudança, há apenas um responsável: VOCÊ!
O mestre tem o papel de ORIENTAR. O aprendiz, o papel de APRENDER.
Se o aluno não assume a responsabilidade pelo próprio aprendizado, o mestre pouco pode fazer além de orientá-lo.
Para conseguir mudanças persistentes na sua vida, você precisa de responsabilidade pessoal. Não adianta culpar seus pais, seu companheiro, seus professores, seu chefe, o presidente…
Foque no que você PODE controlar. E assuma a RESPONSABILIDADE por esta mudança.
Saiba mais sobre RESPONSABILIDADE PESSOAL aqui!
Quem é a pior pessoa que você pode enganar? Quem é a pior pessoa para decepcionar?
VOCÊ MESMO!
RESPONSABILIDADE PESSOAL = DOR se FALHAR
Condicionamento
Roma não foi construída em um dia.
Tudo que vale a pena demanda um esforço contínuo por um período de tempo. Ao longo de dias, semanas, meses e anos, o esforço necessário vai diminuindo.
É mais fácil manter um corpo forte e saudável do que construir um corpo forte e saudável.
Para saber mais sobre CONDICIONAMENTO NEUROASSOCIATIVO, leia isto!
Quando se troca as cordas de um violão, é preciso afiná-las várias vezes para que comecem a se acostumar à tensão necessária para manter as notas adequadas.
- No primeiro dia, afina-se 5 ou 6 vezes.
- No segundo, 2 ou 3.
- No terceiro, 1 ou 2.
- A partir daí, reafinar o violão passa a ser algo eventual, pois as cordas se condicionaram a manter a tensão exata.
O mesmo raciocínio se aplica aos comportamentos humanos. Quando efetuamos uma mudança, devemos agir para reforçá-la no mesmo instante. Depois, é preciso condicionar nosso sistema nervoso a repetir aquele comportamento diversas vezes, até que obter êxito torne-se algo automático.
Repetindo os comportamentos associados às mudanças que desejamos promover, passamos a desenvolver padrões automáticos para repetir aquela ação. Desta forma, criamos os hábitos que levarão a tornar aquilo um padrão e tornar a mudança algo sistemático e duradouro.
Dor, Prazer e a Mudança
Os seres humanos são condicionados por duas forças, dor e prazer. Tudo que fazemos é para conseguir prazer ou evitar a dor. São os dois estímulos que modam a maneira como agimos.
Vincular DOR ao antigo comportamento
Vincular PRAZER ao novo comportamento
1° Passo para a mudança = Mudar nossas CONVICÇÕES
- É preciso ter convicção de que é possível mudar e é possivel mudar AGORA!
Estamos programados culturalmente para acreditar que não é possível mudar as coisas de uma hora para outra. Mas toda mudança ocorre, justamente, de uma hora para outra.
Se um problema pode surgir de uma hora para outra, por que uma solução não pode acontecer instantaneamente?
Se um trauma pode ocorrer por uma situação que durou poucos segundos ou uma mera frase infeliz dita por alguém em um momento de , por que não podemos nos recuperar disso rapidamente? Somos obrigados a carregar este peso o resto da vida? Como se fosse um custo irrecuperável.
Leia sobre as relações entre DOR, PRAZER e a MUDANÇA aqui!
- Você é responsável por promover a mudança em sua própria vida! Não se pode transferir essa responsabilidade para qualquer outra pessoa.
Em relação ao assunto “Responsabilidade e o Poder da Mudança”, existem três pilares a serem atacados:
- “Algo TEM que MUDAR”
- Não se pode deixar qualquer dúvida em relação à mudança no ponto que está nos afligindo. Não podemos deixar ao acaso do “precisa mudar” ou do “deve(ria) mudar”. Se alguma coisa está te incomodando há tempos, essa coisas TEM QUE MUDAR. E tem que MUDAR AGORA! Só assim podemos começar a fazer o que for necessário para transformar a qualidade de nossa vida.
- “EU tenho que MUDAR ISSO”
- Você mesmo tem que ser a FONTE da MUDANÇA. Não se pode transferir essa responsabilidade. Como diria o ditado, “se quer algo bem feito, faça você mesmo!”.
- “Eu POSSO MUDAR ISSO”
- Não se pode FAZER algo em que não se ACREDITA. É preciso ACREDITAR QUE SE PODE FAZER o que for NECESSÁRIO para conseguir as MUDANÇAS DESEJDAS.
Um líder pode orientar. Um mestre pode dar o caminho das pedras. Uma professora pode ensinar “como” ou “o que” fazer. Um personal trainer pode passar um plano de exercícios adequado para os seus objetivos. Mas, ao fim das contas, É VOCÊ QUEM PRECISA PUXAR O PESO!
Talvez você esteja se perguntado: “Tá bom, mas COMO mudar?”
Para mudar qualquer coisa, primeiro temos de mudar como NOS SENTIMOS em relação a isso. Mudando as sensações que vinculamos a uma experiência, mudamos os caminhos neurais relacionados àquela experiência.
Através da mudança nas sensações, podemos usar o poder da poderosíssima máquina que é o cérebro humano a nosso favor. É por isso que sempre te dizem para “pensar positivo” e outras platitudes do tipo.
Entenda como usar o poder do cérebro a seu favor AQUI
Obviamente, não basta apenas “pensar” e achar que isso vai resolver seus problemas. Mas, se você focar na busca de uma solução para aquele problema, passará a enxergar novos caminhos e soluções. Ou, talvez, perceba que o “problema” não era tão grande assim e passe a se importar menos com ele (o que já seria uma vitória em si mesma).
Quanto mais você fizer o exercício de buscar soluções e agir para concretizá-las, mais fortalecerá os caminhos neurais ligados a isso.
Com repetições e intensidade emocional suficientes, podemos tornar as conexões cada vez mais fortes, facilitando com o que tornemos os comportamentos desejados sistemáticos. Fortalecendo as neuroassociações certas, tornamos esses caminhos cada vez mais consistentes e os pensamentos e ações passam a ocorrer de forma automática.
Nos tornamos o que fazemos repetidamente.
Leia este artigo para saber mais sobre a formação de Hábitos.
Como vimos na aula de conexões neurais, podemos tanto fortalecer quando enfraquecer esses caminhos cerebrais. Como um músculo que pode crescer ou atrofiar, de acordo com seu uso, essas estradas neurológicas podem se tornar mais ou menos prevalentes de acordo com a frequência e a quantidade e a qualidade das mémorias que associamos a elas.
“Não é suficiente ter uma boa mente; o principal é usá-la bem.” (René Descartes)
Causa e Efeito
Antes de estudarmos como promover o recondicionamento de nossas convicções, devemos nos lembrar de como o cérebro humano produz uma nova neuroassociação.
Sempre que experimentamos uma emoção muito intensa que provoque uma sensação intensa de dor ou prazer, nosso cérebro tenta estabelecer uma relação de causa e efeito, usando 3 critérios:
- Existe algo EXCEPCIONAL acontencendo?
- Algo fora do normal que possa estar causando esse sentimento?
- É algo SIMULTÂNEO à sensação?
- A psicologia chama isso de Lei da Recenticidade
- É algo COERENTE?
- Se sempre que algo acontece, você sente dou ou prazer, seu cérebro passará a associar dor ou prazer com este fato. Com o tempo, passamos a GENERALIZAR sobre a consistência. Dizemos coisas como “Você sempre faz isso”, mesmo quando algo ocorre pela primeira vez.
Você deve ter percebido que os critérios para a formação de relações causais são muito imprecisos. É por isso que, muitas vezes, estamos sujeitos a interpretar as coisas de maneira errada.
Clique aqui para saber como seu CÉREBRO associa CAUSA E EFEITO!
Falsa Neuroassociação → quando culpamos a causa errada e nos fechamos a possíveis soluções
Pense em quantas vezes você não pode ter associado causas equivocadas a um efeito.
Um relacionamento apaixonado que chega ao fim terminou “PORQUE” era cheio de paixão? Ou será que não podem ter sido outros motivos, que não tinham nada a ver com a paixão, que levaram ao rompimento?
Com o conhecimento de como são formadas as associações em nosso cérebro, devemos questionar as conexões neurais que possam estar LIMITANDO a nossa VIDA.
Pare por um momento para refletir o quão equivocadas algumas delas podem ser.
Talvez seu cérebro tenha associado uma causa equivocada a um problema que ocorreu durante sua infância e isso afete sua vida até hoje.
Até quando você deixará que essas coisas afetem sua vida?
Chegou a hora de se reconciliar com suas versões passadas!
Autossabotagem
Já parou para pensar por que, às vezes, parece que estamos sabotando a nós mesmos?
Pense em quantas pessoas não associam emoções mistas ao dinheiro. Por um lado, ele pode trazer liberdade, controle, segurança. Por outro, nossa cultura associa valores negativos como ganância e soberba a quem tem dinheiro e as pessoas têm medo de que os outros as julguem ou se aproveitem delas.
É um caso de CONEXÕES NEURAIS MISTAS, uma das principais fontes de AUTOSSABOTAGEM.
Conexão Neural Mista = Associar DOR e PRAZER à MESMA situação
Para saber mais sobre CAMINHOS NEURAIS, leia isto!
Uma mensagem confusa leva a um cérebro confuso. Um cérebro confuso te dará resultados confusos.
Para tomar uma decisão, seu cérebro pondera inconscientemente: “se fizer isso, terei dor ou prazer?”. Pesando todos os fatores e levando em conta seu peso relativo, o cérebro chega a uma conclusão.
O problema ocorre quando o resultado final desta ponderação é muito parelho. Isso confunde o cérebro e leva à autossabotagem.
Para saber mais sobre AUTOSSABOTAGEM, leia isto!